Livro: Os Crimes ABC - Agatha Christie (Capítulos 14-16)
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À medida que Hercule Poirot e o Capitão Hastings tentam entender a mente do assassino em "Os Crimes ABC", novos desafios surgem, mas as pistas ainda parecem vagas e dispersas. Apesar dos esforços, o mistério continua denso e o criminoso permanece um passo à frente, provocando Poirot com suas cartas enigmáticas. Até o momento, não há um padrão claro entre as vítimas, o que gera frustração na equipe de investigação, enquanto ABC parece brincar com a polícia. Vamos explorar os eventos dos capítulos 14 a 16 e como isso impacta a investigação até aqui.
Vamos por capítulo...
Capítulo 14 - A Terceira Carta: Neste capítulo, uma nova carta é enviada por ABC, mas um erro no nome e no endereço causa atraso em sua entrega. Quando finalmente chega, Poirot e a polícia descobrem que o assassino já anunciou sua próxima vítima: Sir Carmichael Clarke, um rico cavalheiro que vive em Churston. O erro no endereço significa que eles têm pouco tempo para agir, e essa corrida contra o tempo adiciona uma camada extra de tensão à investigação.
Essa nova correspondência apresenta não apenas um novo desafio, mas também um aumento no tom de provocação contra Poirot. Você conseguiria manter a calma diante de um criminoso que parece sempre estar um passo à frente?
Neste ponto da história, vemos como o criminoso continua jogando com a vaidade de Poirot, o que o deixa ainda mais determinado a resolver o caso. A cada carta, o detetive belga precisa reunir ainda mais as peças desse quebra-cabeça e encontrar o fio condutor entre os assassinatos.
Curiosidade: A maneira como as cartas são escritas e entregues diz muito sobre o perfil psicológico de ABC. Perceba como a escrita revela traços de arrogância e desejo de controle. Embora todos estejam alertas, não conseguem impedir o assassinato de Clarke, marcando o terceiro crime de ABC.
A Terceira Carta: "Pobre Sr. Poirot. Não é tão bom para solucionar esses problemas criminais como imaginava, hem? Quem sabe seus tempos áureos já se foram? Vejamos se desta vez consegue melhor resultado. O caso de agora é mais fácil. Dia 30, em Churston. Tente fazer alguma coisa a esse respeito! É muito enfadonho encontrar tudo fácil em meu caminho, você sabe! Boa caçada. Sempre seu, A B C."
Capítulo 15 - Sir Carmichael Clarke: Sir Carmichael Clarke é a terceira vítima de ABC. Ele era um homem muito rico e respeitado, mas sua morte não tem uma conexão clara com as vítimas anteriores, criando ainda mais mistério. Poirot e Hastings viajam até a casa de Clarke para investigar, onde conhecem sua esposa doente e o irmão de Clarke, Franklin. Durante a investigação, Poirot começa a questionar não apenas o motivo do assassino, mas também o perfil psicológico de ABC, buscando entender o que poderia estar por trás da escolha das vítimas. O irmão da vítima fala que ele estava muito abatido devido a doença da esposa. A secretária do Sir Carmichael, Thora Grey, busca o detetive para dar seu depoimento também, ela se mostra muito inteligente e ativa.
Capítulo 16 - Não faz parte da narrativa do Cap. Hastings: No Capítulo 16, o livro faz uma pausa na narrativa central para apresentar uma seção que não faz parte da perspectiva direta do Capitão Hastings. Alexander Bonaparte Cust, depois de assistir a um filme no Torquay Palladium, compra um jornal que reporta o assassinato recente de Sir Carmichael Clarke e menciona uma possível conexão com o crime anterior de Elizabeth Barnard. Cust lê o jornal com atenção, observando as manchetes sobre o assassinato e a especulação de que um maníaco pode estar à solta.
Enquanto lê, Cust demonstra sinais de nervosismo, como mãos trêmulas, e participa de uma conversa casual com um jovem ao seu lado, que comenta sobre os efeitos da guerra na mente das pessoas. Cust revela que a guerra o afetou profundamente, causando-lhe dores terríveis de cabeça e confusão mental.
Depois de ler o jornal e ouvir os comentários ao redor sobre o assassinato, Cust se levanta e vai calmamente para o centro da cidade, onde se senta em uma mesinha de calçada e pede um chá e creme de Devonshire. O capítulo destaca a aparente desconexão de Cust com o ambiente ao seu redor e sugere um estado mental perturbado.
Capítulo 17 - Encontro Marcado: O assassinato de Sir Carmichael Clarke elevou o mistério do ABC a um patamar de destaque nacional, com a cobertura midiática intensificada e a população sendo incentivada a participar das investigações. A Scotland Yard utilizava a publicidade como uma ferramenta para capturar o assassino, e as notícias estavam repletas de informações sobre o caso, incluindo declarações e críticas a Hercule Poirot, que era frequentemente assediado pela imprensa.
Poirot, por sua vez, estava mais focado em refletir sobre a mentalidade do criminoso do que em seguir as pistas diretamente. Ele acreditava que entender a personalidade do assassino era crucial e estava aguardando um novo crime para obter mais insights sobre o perfil do criminoso. Poirot desprezava a ideia de se envolver em investigações rotineiras, acreditando que seu valor estava em sua capacidade de pensar e deduzir, não em seguir pistas fisicamente.
Durante uma conversa com Hastings, Poirot explicou que o crime é revelador e que o padrão de comportamento do criminoso se tornaria mais claro com o tempo. Ele também mencionou que a investigação poderia beneficiar-se de conversar com amigos, parentes e criados das vítimas para descobrir detalhes que poderiam ter sido omitidos. Poirot revelou uma carta de Mary Drower, que demonstrava a iniciativa de uma jovem para ajudar nas investigações, e uma carta de Franklin Clarke, que desejava se encontrar com Poirot. Esses eventos indicavam que a ação estava prestes a recomeçar.
O que Poirot concluiu até aqui?
Hercule Poirot, com sua sagacidade característica, está reunindo as peças do quebra-cabeça dos crimes ABC. Até agora, ele identificou alguns padrões, embora ainda falte uma conexão sólida entre as vítimas. Poirot percebe que o assassino não escolhe suas vítimas ao acaso. As cartas enviadas a ele não são apenas provocativas, mas indicam um plano meticuloso.
Além disso, ele já começa a notar certos detalhes que escapam à percepção de outros investigadores. O método de ABC é cuidadosamente planejado, mas Poirot sabe que em algum momento, o criminoso cometerá um erro — e ele estará pronto para capturar essa falha. Embora a polícia se foque em pistas materiais, Poirot está atento aos aspectos psicológicos do assassino, buscando entender suas motivações e suas vulnerabilidades.
Ponto-chave: A ênfase de Poirot está nas nuances do comportamento humano e na conexão entre os crimes, algo que ele acredita ser a chave para desvendar o caso.
O que Hastings concluiu até aqui?
O Capitão Hastings, como narrador e companheiro fiel de Poirot, continua agindo como os olhos do leitor. Suas conclusões até aqui mostram uma mistura de admiração por Poirot e perplexidade diante do caso. Hastings, embora atento aos detalhes, muitas vezes não vê além das evidências óbvias e tende a acreditar que o criminoso é mais impulsivo e menos calculista do que Poirot sugere.
Ele sente a pressão crescente dos crimes e, em muitos momentos, confessa que o assassino parece estar sempre um passo à frente. Hastings vê os crimes como uma série de ataques aleatórios, embora confie plenamente na habilidade de Poirot para solucionar o mistério.
Importante: Hastings é o contraponto mais "humano" à genialidade de Poirot. Ele reflete o senso comum e as conclusões que o público geral também pode tirar do caso, mas sempre acaba surpreendido pelas reviravoltas que Poirot desvenda.
O que a Polícia concluiu até aqui?
A polícia, por sua vez, lida com o caso de forma mais direta e tradicional. Eles têm se concentrado em evidências físicas e nas cartas recebidas, mas até o momento, não chegaram a uma conclusão definitiva sobre a identidade de ABC.
Apesar de seus esforços, a investigação oficial se frustra com a falta de ligações claras entre as vítimas e as cartas enigmáticas. A força policial acredita que os crimes podem ser o trabalho de um assassino em série altamente organizado, mas ainda estão à mercê de pistas que conectem ABC a um motivo específico ou a um suspeito concreto.
Curiosidade: A polícia tende a ser mais reativa em comparação a Poirot, focando em seguir protocolos de investigação, enquanto Poirot explora o lado psicológico.
Se você ainda não leu os capítulos seguintes, tente conectar as pistas e compartilhe suas teorias! Será que você consegue resolver o mistério antes de Hercule Poirot?
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